quarta-feira, 18 de maio de 2011

Tudo acaba quando a sua dor machuca também a quem te ama.

  Hoje quando você saiu, sem dizer tchau sem dizer até mais, sem simplesmente se quer olhar em meus olhos, eu tive a triste certeza que deveria deixa-lo. Sou tão capaz de amar qualquer ser que me de um pouco de atenção, mas não tanto quanto sou capaz de amar o seu atrevimento, seus olhares orgulhosos, suas risadas difíceis de serem conquistadas. Porque você faz assim, porque fingi não me ver, quando eu sou estou ali por você, com todo o amor do mundo, com tudo que eu tenho e não tenho.
  Odeio essa estranha sensação de te perder mesmo nunca tendo sido capaz de o ter, odeio essas feridas que nunca se tornam cicatrizes.
  Já não há mais nada concreto, por isso abandono o que me faz lembrar de você a todo instante. Essa triste história escrita sobre linhas imaginárias.
  E este é o começo do fim da minha agonização, todos os nossos segredos, todas as coisas que ninguém vai saber, tudo, tudo está por aqui nas entrelinhas.
  E eu só tenho mais uma coisa pra dizer já que eu não sou capaz de dizer adeus e você fica me mantendo nessa história egoísta que você fez da sua vida, vê se não volta!
  A ultima gota de café foi derramada, o ultimo sopro foi dado, e a ultima xícara lançado sobre as cerâmicas da parede de um livro que se acaba por aqui, adeus. 

sábado, 7 de maio de 2011

Desculpa

Como começar a explicar, como começar sem aquele sentimento que me tomava antes, talvez agora eu pare, agora que meu coração está vazio, talvez eu não volte mais pra lugar algum. Por enquanto estou tomada por essa estranha sensação de não sentir nada, não sei bem o que fazer, não tendo mais em quem pensar quando aquela musica, ou aquela cena do filme passa e quando acordo minha mente está limpa e nova todos os dias. É tão mais fácil sem você, mas ao mesmo tempo tão vazio. Uma felicidade fazia quando repensada deixa de ser felicidade. 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Que seja o melhor

Adormeci sem pensamentos distantes, sem  preocupações ou desejos distantes, apenas adormeci em paz, a paz que só alguém pode me causar. Já não tenho mais tanta certeza que o amo, acho que o encanto foi quebrado e não há mais um príncipe encantado. Só há dois  fudidos perdidos por ai, em madrugadas longas demais, e conversas falidas que rezamos para acabar, clamando por silencio. Ao mesmo tempo que meus adeuses são falsos, posso ter voltado mas eu não vou ficar eu sei que nada vai mudar. Aprendi isso com você e já não sinto mais nada, nem amor, nem ódio, não há indiferença. Gosto do que se criou entre nós, posso até mesmo chamar de monstros do bem. E bom posso me considerar uma pessoa livre enfim, por quanto tempo? não sei, só sei que é melhor assim.


Aprendi a só pensar em mim, seja forte tente alcançar, aprendi a só lhe amar assim, desde sempre não vou mais, eu não sei dizer adeus, eu não sei mais lhe amar, eu voltei mas eu não vou ficar. Eu vim me convencer nada vai mudar, não, não não. Eu sei. 

terça-feira, 3 de maio de 2011

Um amor e um Café


Não fui à sua formatura. Não ouvimos juntos aquela banda que ninguém mais conhece. Não tivemos nenhum domingo tedioso e deixamos de compartilhar todos os casamentos cafonas das nossas famílias [agora que te conheço, sei que os casamentos cafonas seriam divertidos ao seu lado]. Não estudamos nos mesmos colégios, não tivemos amigos em comum, não assistimos o Clube da Luta juntos [e portanto não discutimos “quem-era-quem-que-deveria-ser-um” e não o provoquei com meus suspiros pelos dois].

Não nos esbarramos em nenhum dos nossos outros dias, embora tenhamos viajado para os mesmos cenários e comprado os mesmos livros. Mas aí, dia desses, com uma quase pressa, tivemos o cuidado de nos perceber. O meu café precisa de canela e você ainda degusta o alcalóide como se não tivesse acostumado com a dilatação dos vasos periféricos. E desde então nos encontramos propositadamente.

Um amor e um café [quentes, por favor!]


Caio Fernando Abreu    

Insuficiência

Ando percebendo algo estranho nessas constantes mudanças, nesses fatos intrigantes que mudam minha vida em piscares de olhos.
Porque é assim, te amo longe ou perto. Mas não é porque te amo que te quero pra mim. Não, não entendo o porque, só sei que quando tento seguir sem você me doem os  dias, me doem as horas e os segundos. Eu não sei muito bem do que, ou de quem escrevo. Só sei que não tá fácil, que não é fácil e que talvez eu pare por aqui, se eu conseguir, se dessa vez eu não desistir.